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segunda-feira, julho 27, 2009

Agricultores dos Picos preocupados com atraso da chuva

Os agricultores de São Salvador do Mundo estão preocupados com o atraso que se regista na queda das primeiras chuvas, pois é costume a chuva desabar, nesta localidade, antes do dia 10 de Julho, segundo testemunham os camponeses.

No ano passado, a esta altura, algumas famílias já tinham terminado as primeiras mondas, como conta José Vaz, um camponês que cultiva uma grande extensão de terra na zona de Picos Acima.
Porém, para este ano, dados dos serviços meteorológicos prevêem que as chuvas não serão tão abundantes como no ano passado. A antevisão é da Agrhymet, Centro Regional que estuda a zona do Sahel, onde Cabo Verde está inserido.

Para além da pouca quantidade de chuva, o Centro pressagia também que a sua distribuição no tempo não será a melhor para a agricultura o que poderá pôr em risco a produção nesta sub-região africana.

Mas isso não apoquenta os agricultores cabo-verdianos mesmo tendo evidências empíricas ao seu alcance, a crença no divino é maior.

“No ano passado, a primeira chuva caiu no dia 03 de Julho e dez dias depois iniciei a monda, contratei as pessoas e num dia como hoje (16 de Julho), já tinha terminado a primeira monda e já íamos na terceira chuva com água a correr por todas as bandas”.

José Vaz mostra-se esperançado de que “Nhu Santiago”, santo celebrado a 25 de Julho, trará chuvas para a alegria dos camponeses e agricultores.

Nos Picos, onde a população agrícola ultrapassa os 60 por cento, a chuva é esperada com ansiedade tanto pelos agricultores que labutam no sistema de sequeiro como pelos do regadio. É que chuva abundante aumenta o caudal de água e, por conseguinte, permite ampliar as parcelas irrigadas.

O sistema de irrigação mais utilizado nos Picos é por alagamento. A pequena quantidade de água existente nos poços ou nas cisternas não permite a cultura de grande parcelas de terreno, existindo até casos em que as pequenas parcelas são regadas com água adquirida através de autotanques.

Em Cabo Verde, na maior parte das localidades é a precipitação pluviométrica que resolve, também, em boa parte, a falta de água para o consumo humano e para os animais.

Fonte: Inforpress